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Alunas de Farmácia criam produto a partir de cascas de batata

  • Publicado: Terça, 30 de Julho de 2019, 10h10
  • Última atualização em Quinta, 01 de Agosto de 2019, 13h57

Sabe as cascas de batatas jogadas foras? Pois é, na verdade o que vai pro  lixo é material rico em vitamina C, E e amido, a Letícia Moreira e Anne Ellen Santana (6º período do curso de Farmácia) transformaram esse bioresíduo em hidratante masculino para as mãos. "Ter esse tipo de prática no currículo permite desenvolvermos nosso potencial de forma que nos sentimos muito mais seguros ao pensarmos no nosso desempenho como Farmacêuticos", comenta Moreira.

A prática referida pela discente faz parte das atividades da disciplina "Cosmetologia", ministrada pela professora Ellen Paes, cujo objetivo é mostrar aos alunos toda potencialidade de retorno dessa área que, de acordo com medidores financeiros, apresenta franco crescimento mesmo em fases de turbulência econômica. 

Sobre a produção do hidratante as discentes explicam que após a divisão do trabalho entre as equipes, iniciaram pesquisa a respeito dos componente da casca  da batata e os benefícios para a pele. "De início pensamos em um pó compacto demaquilante, mas não deu certo. Então, partimos para pesquisas com resíduos e constatamos que apesar de serem descartados elas ainda podem ser bastante úteis, foi o que detectamos nas cascas de batata, abundância de vitaminas, principalmente C e E, que podem combater os radicais livres, contribuindo para retardar o envelhecimento", explicam. 

Quanto ao processo para obtenção do produto final, as discentes seguiram várias etapas até chegarem na quantidade certa de insumo para iniciar a formulação do hidrante. "A ideia de criar um hidratante masculino surgiu da percepção de que os homens também precisam cuidar da pele e serem incentivados a se cuidar, ou seja, este é um nicho de mercado a ser alcançado", defendem. 

Além do conhecimento adquirido, as discentes se sentem mais confiantes em relação ao exercício da profissão, Letícia Moreira, por exemplo, diz ter como expectativa trabalhar pela valorização da profissão, principalmente quanto à atuação do Farmacêutico Clínico na atenção básica e acompanhamento do paciente (Resolução do Conselho Federal de Medicina), a Anne Ellen pensa em ingressar em curso de mestrado. "Meu objetivo é me tornar pesquisadora, mas também penso na carreira militar. Na verdade, ainda estou indecisa quanto ao futuro profissional, acho que por enquanto o melhor é explorar as oportunidades de aprendizado ofertados pelos curso de Farmácia na Ufam". comenta.

Sobre a experiência de criar um produto com tantas possibilidades de mercado, as discentes afirmam que isso é o resultado de poderem aplicar na  prática todo conhecimento absorvido em sala de aula. "Criar um produto deste nível, com vistas sobretudo, à sustentabilidade, exigiu conhecimento não só de cosmetologia, mas Farmacoténica (técnicas de produção da base para o creme), de farmacognosia (propriedades de cada fitocomponente), ou seja, foi um projeto multidisciplinar. O interessante disso tudo é que o mercado de trabalho procura profissionais assim, bem qualificados pra trabalhar com as várias áreas farmacêuticas, pois todas se complementam em algum momento", concluem.

 

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